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OUTUBRO ROSA – Mês de Prevençao do Câncer de Mama



O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.

Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

O que é câncer de mama?

É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

O câncer de mama é comum no Brasil?

Sim. É o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também o que causa mais mortes por câncer em mulheres.

Fatores de risco

Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficente e exposição à radiação ionizante.

Os principais fatores são:

Comportamentais/Ambientais

  • Obesidade e sobrepeso, após a menopausa

  • Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)

  • Consumo de bebida alcoólica

  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)

  • História de tratamento prévio com radioterapia no tórax


Aspectos da vida reprodutiva/hormonais

  • Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos

  • Não ter filhos

  • Primeira gravidez após os 30 anos

  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos

  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)

  • Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos


Hereditários/Genéticos (a mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama)

  • Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem

  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.


A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.

Quais são os sinais e sintomas do câncer de mama?

Caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor. É a principal manifestação da doença, estando presente em mais de 90% dos casos.

• Alterações no bico do peito (mamilo).

• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.

• Saída espontânea de líquido de um dos mamilos.

• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

Qualquer caroço na mama em mulheres com mais de 50 anos deve ser investigado! Em mulheres mais jovens, qualquer caroço deve ser investigado se persistir por mais de um ciclo menstrual.

Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.

Como as mulheres podem perceber os sinais e sintomas da doença?

Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Olhe, palpe e sinta suas mamas no dia a dia para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas.

Alterações suspeitas também podem ser avaliadas pelo exame clínico das mamas, que é a observação e palpação das mamas por médico.

Além de estarem atentas ao próprio corpo, é recomendado que as mulheres façam exame de rotina?

Sim. A mamografia é um exame que pode ser feito de rotina (rastreamento) para identificar o câncer antes de a mulher ter sintomas. As mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscos dessa prática.

Mamografia é uma radiografia das mamas, capaz de identificar alterações suspeitas.

Quem deve fazer mamografia de rastreamento?

É recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade quando há indicação médica.

O que é recomendado para as mulheres com risco elevado para câncer de mama?

É recomendado que as mulheres conversem com o médico para avaliação do risco e a conduta a ser seguida.

A mamografia e o exame clínico das mamas identificam alterações suspeitas, mas a confirmação do câncer de mama é feita pelo exame histopatológico (biópsia), que analisa uma pequena parte retirada da lesão.

*O acesso à investigação diagnóstica das alterações suspeitas da mama, de modo ágil e com qualidade, é um direito da mulher. Os serviços de saúde devem priorizar a consulta das mulheres com nódulo ou outras alterações suspeitas da mama. A rapidez da avaliação facilita a detecção precoce da doença.



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